mais umas horas adicionadas
aquela interminável caminhada para o fim,
(ou principio - há quem o considere como tal)
minutos e segundos de intermináveis diálogos
que parecemos ouvir mas que não ouvimos,
ao invés, divagamos nas palavras.
Fecho-me naquela bolha incessante de pensamentos
isolo-me do mundo,
é sempre assim,
(mas já divaguei demais sobre esta minha característica)
as coisas nunca mudaram:
começo a dar razão a quem me disse um dia:
Podes tentar mudar, mas a mudança nunca será muita,
"está na tua personalidade seres assim,
mudar seria alterar completamente quem és."
É verdade, mudar é complicado,
possivel, mas levanta muitas questões
e não sei se preciso realmente de mudar,
será que preciso?
Mais um dia que passa, mais um pensamento que se arrasta,
mais um a juntar aos milhões de pequenas dúvidas
milhares de hesitações, milhentas justificações,
nada é suficiente,
nada pára esta torrente de pensamentos,
mas eu quero que pare,
atormenta-me dia e noite,
interrompe o meu sono,
interrompe a minha rotina,
dá cabo dos pequenos outros pensamentos diários
que deveria ter,
mas não tenho.
Acumulam-se,
pilhas e pilhas,
como livros numa biblioteca
sem prateleiras suficientes para os conter.
É este o estado da minha caixa craniana,
confusa, chata, cheia,
ou deverei dizer,
farta!
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