quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sonho Americano

Um dia sonhei ir à América,
Sonhei encontrar-me em Times Square,
contemplando as luzes da metrópolis incansável,
a cidade que nunca pára.
Sonhei estar num ferry,
o vento húmido batia-me na cara 
quebrando a vontade de qualquer um,
molhava-me o rosto sonhador
as roupas ensopadas
mas por dentro estou quente e segura
Sem tristeza ou dor.
Nesse sonho cheguei a uma ilha 
e nessa ilha a Liberdade impera
não apenas uma estátua,
senti o seu ideal, a sua mensagem no ar,
uma mensagem intemporal
sentida por aqueles que cá conseguiram chegar
por aqueles que aqui conseguiam voltar depois das trevas da guerra,
senti e bebi as mensagens de tantos outros que já ali estiveram.
Do outro lado uma visão de aço e ferro me esperava,
de uma outra terra onde o Homem reinava.
Prédios que o céu atingem estendem-se pela linha do horizonte,
contemplo-os de longe e sinto-me pequena ao lado de tamanha grandeza.
Sonhei que atravessava Wall Street, 
numa época diferente, época de recessão,
em que o desespero mandava nas vidas que ali passavam,
no entanto vi também uma enorme riqueza e poder
que preenchiam as ruas, os prédios, as lojas.
Na Broadway sonhei ser artista,
não de cinema, mas uma das muitas personalidades 
que nessa rua escrevem o seu nome nas estrelas
imortalizando o sonho americano de tantas outras.
Caminhei no meio de gigantes,
Numa multidão de rostos anónimos, rostos com histórias diferentes,
tão diferentes da minha, no entanto cruzam-se por momentos,
nas ruas paralelas desta cidade
são estas pequenas coisas que a tornam especial e única:
NY city, city of  many faces,
city of hopes and dreams,
the city of light.

Sonhei ir à América
e o sonho tornou-se na realidade,
para trás ficou o novo mundo,
agora resta a saudade.




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